domingo, 19 de dezembro de 2010

Sementeiro



















Sofro a todo do mal das palavras
Falo o que penso, sem senso nenhum
Sou sementeiro que o teu solo lavra
Minha enxada é a palavra, do senso comum
Minha sabedoria não é cientifica
Minhas idéias
não são comprovadas de maneira nenhuma
Minha certeza só vem da vitória,
Inferno, purgatório ou gloria
Depende da banheira, depende da espuma...
Minhas verdades são ácidas
Minhas frases irônicas e provocativas
Minhas canções percorrem linhas plácidas
Mas minhas músicas são significativas
O meu falar é repleto de erros
Sou, quando tento ser preciso, principiante
Me falta a rima para a palavra acima
E rimar não me anima, nem nada, neste instante
Sofro a todo do mal das palavras
Luto com elas e não posso vencê-las
Falo o que penso, sem senso nenhum
Sou a minha verdade rebuscada e embaralha
Escolha sua carta, descarte ou passe
Me truque, me enlace, com seus truques de mulher
Me diz o que quer! sou todo ouvir...
Me diz e eu falo ao pé do seu ouvido
Sou dono das palavras e com elas eu duvido...
Me espere, se desespere e tente escapar
Olha o baralho, ainda queres jogar?
Sei não, não sei... te intimido?
Lucidez e loucura se confundem por aqui
Gloria, purgatório ou inferno
Depende da camisa...
... de força? ou gravata e terno...?

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