quinta-feira, 31 de março de 2011

Forever















Você estará aqui pra sempre...
e...
Pra sempre
quer dizer tanta coisa
que
não cabe numa palavra só!

(Não a toa a língua Portuguesa é a minha preferida!)
 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Percepção



















Saí de casa desesperado
Ao perceber a invasão
Corri, fugi...
Sem sequer direção
Foi, foi amor
Foi o que fiz
Mas sabe quando a gente sai de casa as pressas
E tem aquela velha percepção?
Não adiantava mais fugir
Se havia deixado lá o coração!
Não há como fugir agora
Não resta dúvida, não há engano
É voltar pra casa
pegar o coração
E aceitar que te amo!

sábado, 26 de março de 2011

Censurável



Extenuado por ser alanhado
Esquadrinho a réplica que não dimana
Apeteço saber pr’onde navegou
O que já não sei dizer se encerra
Mas anseio conhecer por quê
Horas é tão fria
E noutras... tudo bem
sem articular, então digo
Mas ouço bagatela de ninguém
E se, em desvirtuar, me consinto
prontamente não há o que me leve
o sorriso é só uma vaga invenção
Mas que a consternação, me seja breve!
Por que meu apego é deste modo, assim?
Amar, não mais almejo
Tirem este fardo de dentro de mim!
Oh tempo! Decorra em me amparar o meu desejo!
Careceria Ter escutado
quem jamais me acautelou
mas, de boca em ouvido
o ultimato à mim chegou!
Contudo, sórdido, hoje sou
Arrisco iludir-me proferindo que não
Que não espero que ela tome
Um recinto em meu coração!
Se inda há ternura, se o amor não é destreza
Demando sem alento qualquer que me ame!
Ante as falhas da minha natureza...,
E dentre elas a maior e mais condenável
A qual luto e reluto, num reduto censurável
Foi imaginar, idealizar, arrazoar... num arrojo incomensurável
Incumbências clandestinas, planejadas às surdinas
Que só me chamam a declarar:
A indelicadeza tão astuta de a ti, te desejar!














 
 
 
 
 
Oh, minha querida e mais gostosa companhia!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Palavra repetida















Quando vejo voar uma ave

Me lembro logo daquelas naves
Talvez em momento como esse
O homem decidiu que poderia voar também
Ahhh... ave me lembra nave...
Nave... me lembra céu
Céu lembra sol
Sol lembra lua
Lua lembra estrelas
Estrelas lembram luz
Luz... me lembra você!
Você, que tudo me lembra!
Tudo lembra todo o mundo
Mundo lembra povo
Povo lembra vida
Vida lembra Deus
Deus lembra amor
Amor lembra família
Família lembra casa
Casa lembra bagunça
Bagunça lembra criança
Criança lembra alegria
Alegria lembra sorriso
Sorriso lembra dentista
Mentira, sorriso lembra felicidade
Felicidade lembra vida
Vida? Palavra repetida
Por todos nós que vivemos !

sexta-feira, 18 de março de 2011

das pessoas
















Pessoas são más e boas

Mas ainda assim... pessoas.
Com seus carros velhos, cigarros indicando a direção
A desafiar a gravidade na poltrona macia de um belo avião
Pessoas são assim...
A chorar seus dias diante de um acontecimento banal
A reclamar seus dias diante da normalidade total
A desacreditar da vida quando a morte lhe dá qualquer sinal
E a jogar tudo por alto quando a sorte lhes dizem tchau...
Pessoas são assim...
pessoas não são más e nem boas, são pessoas...
revestidas de muito mais do que carne e osso...
sustentando a cabeça, muito mais que com pescoço
cada pessoa é um ser individual
por sua vez, possui vontades próprias
em alguns casos, estas vontades,
não estão em comum acordo às alheias...
então, fervem os sangues das suas veias...
e aí... e aí que... que querem... se puderem
ou mesmo que não puderem...
vão atropelar
pessoas não são más e nem boas...
são seres egoístas em todas as suas escolhas
incapazes de notar àqueles que só os nota por não terem opção
àqueles sentados na rua... a importunar-lhes sem esmola na mão
pessoas são objetos de desejo da mais pura perdição
amamos aqueles poucos que amamos, mas no fundo não temos certeza disso não
amamos aqueles nos quais confiamos, e muitas vezes por mera obrigação
amamos só aqueles que são iguais e muitas vezes nossos pais, a eles não
amamos muitas vezes as pessoas que criamos e as existentes não...
não dá pra amar essa gente tão defeituosa... que tem pouco dinheiro
e conta muita aflição
queremos amar as pessoas mais bonitas, as mais caras e ricas e nunca a exceção
não amamos os idosos, e gostaríamos de tirá-los de circulação...
não amamos nossas crianças, pois estas fazem barulho na hora da Televisão...
não amamos nossos cachorros, por mais fiéis que sejam, afinal, convenhamos, cão é cão...
não amamos qualquer pessoa que nos interrompa durante nosso momento mentiroso de oração...
contestamos a falsidade de todo mundo e a convidamos a entrar no nosso coração...
não amamos a Deus, porque este nós não vemos... e se é difícil crer no que temos...
em Deus é muito mais difícil então...
nós só amamos o que há em nós... e o que há em nós é angustia e desilusão
mas nem isso nós amamos, por estarmos insatisfeitos com esta condição
e não vou estender muito mais este discurso de perdedor sincero
regado à maldade humana sobre toda essa podridão
que faz desta poesia ridícula e tão besta carregada de rimas pobres que sempre terminam em ão...
pois esta rima pobre é a que melhor retrata, a condição desta gente ingrata... que só sabe dizer Não...
por fim termino dizendo que não há pessoas más e nem boas
e não pretendo salvar o mundo com este texto
nem a mim, nem a você, nem as pessoas...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Um poema pra Deus
















É tarde na cidade.

Tudo me remete Àquele que me fez
O céu tão azul que meus olhos choram
Só de pensar... na grandeza infinita do Seu Criador
É tarde na cidade. É noite na vida. Obscura!
Na guarita o guarda guarda a dele e tant’outras...
Mas mais acima, está Ele, na guarita dos Céus (a)guardar por todos nós!
É tarde na cidade. Mais tarde é para o coração...
Mais tarde é pra cabeça. Que já não sabe no que pensar...
Mais tarde são para os ouvidos que não sabem o que escutar
Mais tarde é para os olhos que só se saciam do não podem ter!
Os humanos criam planos mirabolantes em busca de futilidades
Pra chamar de alegria e nunca, nunca de felicidades...
E suas lágrimas lavam o mundo noite e dia... mais um dia se esvai
E além do firmamento está Ele, que para mudar Tudo, só quer ouvir um: Pai!
É dia no país. Automóveis gritam, sem paciência, palavrões engarrafados!
Motociclistas arriscam as vidas que nem tem... a exemplos dos esmolados...
Sem vida é todo aquele carente por alimento. Descrente no Amor.
Mas logo ali, na primeira Igreja, Ele está jorrando como fonte pura
Águas que ninguém quer beber!
Rebeldes ateiam fogo em colchões. Incendeiam celas e prisões...
Estupradores atraem suas vítimas com promessas de emprego.
Qualquer coisa seduz aqueles que nada têm.
Drogas matam por vício e por acerto de contas...
Álcool mata por cirrose e motorista sem direção...
Assaltantes matam por relógios de pulso, correntes e celulares, migalhas.
Doenças incuráveis destroem homens de bem e canalhas
E mais acima está Ele a derramar seu sangue puro onde ninguém
quer ser célula do seu corpo...
já basta! Diz o anjo revirando sua taça! É noite na cidade.
A brutalidade faz acontecer de maneira sorrateira e calma
Mas é muito tarde, não para o corpo, e sim para Alma!