quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Erros Contumazes


Quando precisamos trocar o lençol?
Quando precisamos cortar o cabelo?
Quando a barba por fazer nos cai melhor?
Para tudo há um limite.
Não se limite, contudo. Vamos?!
Caminhemos rumo ao desconhecido
Já tão conhecido. As-sus-ta-dor-a-mente conhecido.
Sim, se teme muito mais, aquilo que já se conhece
O que já se reconhece. Ou quando se reconhece em algo dominador...
Já sabemos de tudo. A morte não nos matará mais
Nada nos matará além
Do que estas verdades sem solução!
É interessante como as coisas mudam
É interessante... mudam, mudam...
Tudo a nossa volta muda
E nós por mais que mudemos, não...
Não mudamos em nada. Absolutamente nada.
Nada. Nada É uma palavra que não nos é bem aceita
Quando vem em tom de critica então...
Tem cunho reflexivo!
“Você não sabe fazer nada”, machuca.
E não deveria... posto que Nada é algo que nem sabemos
O que significa.
Mas não dá para ficar sem fazer nada.
E devemos mudar, ao menos de lugar, para que as pedras que rolam dos barrancos
Não destruam nossa casa. Estejamos preparados para quando vierem
E hão de vir.
Os problemas tardam mas não falham, diferentemente de mim que falho e não tardo...
E sempre sou surpreendido pela mesmice
Mas isso não é particularidade minha, todos nós
Continuamos a ser surpreendidos pelas mesmas pancadas
Esperadas, e que mesmo assim nos pegam desprevenidos
Continuamos a chorar o mesmo choro. O qual conhecemos
Mesmo sendo desconhecido
Sabemos demais sobre nós. E sobre o que diariamente nos mata
Mas estamos aprisionados às essas dores, sem as quais
Respirar dói... Sorrir dói... viver dói...
Nada mata mais do que o Amor, infelizmente
Não temos mais faces a oferecer a tapas
E mesmo assim... não atingimos compaixão
Desconfie de pessoas que te abordarem com palavras como
solidariedade e fraternidade
E pai, perdoai, elas mal sabem o que dizem...!
É muito mais interesse e auto-promoção do que amor ao próximo
Nosso dever é viver, enquanto vivos
E morrer, enquanto necessário
Passamos a maior parte da vida em luto
E chegamos, em meio a modernidade e a globalização
Ao cumulo de ter que pagar a alguém para falar sobre nossas vidas.
Escuta. Eu pago pra isso!
Não há mais com quem se abrir. Estão todos fechados para si
Ninguém abraça ninguém, agarrados aos seus problemas
Lhes faltam braços...
Só a morte concreta não nos basta
Haveremos de morrer cada vez que nos decepcionamos
É impressionante como nos decepcionamos. Cada vez mais
Cada minuto mais. Cada segundo mais
E quem mais nos decepciona é sempre quem mais nos deveria passar confiança
Quem mais me decepciona, está tão comigo que chega a ser eu
É impressionante como gostaríamos sempre de ser algo diferente do que o real nos mostra
É impressionante que continuemos a celebrar os mesmos tombos
É impressionante perceber que com a evolução de tudo
Não aprendemos a evoluir internamente
E ao passo que tudo evolui
Damos novos nomes as mesmas dores. Obrigado

3 comentários:

  1. é querido ... infelizmente o SER caminha assim ... "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais" ... apesar de tudo mudando ... mudando ... mudando ... que bom seria se nos posicionássemos melhor no mundo e aderíssimos às possibilidades do "SER aquela metamorfose ambulante".

    bjux

    ps: no meio de tanta coisa maravilhosa q vc já postou esta está, sem qualquer sombra de dúvida, entre as melhores ...

    ;-)

    ResponderExcluir
  2. agradecendo os coments de hoje no meu blog e para ragistrar q editei a postagem Seca, incluindo uma canção muito linda e muito forte de Marisa Monte ... Segue o Seco ... se puder confere lá depois ...

    bjux queridão

    ;-)

    ResponderExcluir
  3. Gostei do final do texto bastante. Porque as pessoas ficam retardamente fazendo os mesmos erros e não aprendendo bosta nenhuma com os erros nunca evoluiondo.

    ResponderExcluir