quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Calada

 


















A gente não sabe nada da vida ainda. Nada.
Enquanto o fogo queima  mato seco
O vento varre o pó da terra
O céu relampeja em outros cantos
E outros tantos, nascem e morrem em um algum lugar!
A gente sabe nada ou quase nada sobre tudo
A vida frágil se esfarela num segundo
O homem chora debruçado em si mesmo
Homem a homem é recolhido à seu mundo
A gente não sabe nada desta vida
A gente só respira enquanto o horror se espalha
A tua cabeça é preparada sutilmente
E empurrada a navalha
A gente não sabe nada sobre este mundo
Roda o redemoinho na velha estrada
A boca reclama daquilo que sente
Mas permanece totalmente calada.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário