
Decidir, quer dizer ter privilégio. Um privilégio que muitos gostariam de ter. E só os que o têm, desejariam não tê-lo...
Decidir...
Optar...
Escolher...
Eleger ...
Eliminar...
Resolver ...
Determinar...
Não importa que nome dê ao direito que lhe foi conferido de escolha, optar por uma coisa, significa abdicar-se de outra... Eliminar uma ou mais alternativas, para que se fique apenas com uma. Eleger um em detrimento do outro. Resolver entre eles. E, por fim, determinar os rumos de seu destino após a sua decisão
Fácil? Difícil... Muito difícil... Tanto que muitas vezes gostaríamos de acordar no dia seguinte e ver tudo pronto... Tudo já decidido, e preferencialmente que a decisão que foi escolhida, enquanto dormíamos tranquilamente, seja a mais perfeita e mais capaz de nos fazer felizes. Simples assim! Mas, feliz ou infelizmente não é assim!
Pesa nas nossas costas sempre o poder do livre arbítrio... para tudo! E então perdemos noites de sono pensando, pensando e pensando sobre aquilo que se deve pensar...
Este ou aquele
Este ou aquele
Este ou aquele
(Camargo e Camarguinho) ops, este ou aquele...
Alguém como quem quer ajudar lhe diz, sempre as mesmas frases feitas:
“tem que pesar...”
“Pensa direitinho”
“Analisa os prós e os contras...”
A gente faz cara de desagrado, mas a pessoa está certa, certíssima. Certa até demais, todavia, infelizmente tudo o que gostaríamos de ouvir é: marque a alternativa A! Marque a B! A correta é C. E isso, qualquer ser em sã consciência não ousa fazer! E responsabilidade por qualquer erro, ou cara quebrada é nossa! Nada mais justo! É a nossa vida que está em jogo...
Este ou Aquele? Este ou Aquele...
Embora a gramática tenha nos ensinado que o pronome demonstrativo Este, refere-se ao ser ou objeto que se encontra mais próximo ao seu interlocutor e Aquele, por sua vez, encontra mais distante... na prática isso não resolve de nada...
Pois uma vez que somos seres dotados de inteligência e capazes de nos locomover, percorrendo assim a distância de onde nos encontramos e podendo chegar até onde se encontra AQUELE que, deixará de imediato de ser AQUELE, uma vez que estará mais próximo deixando este status para o que até, então, denomina-se ESTE.
O fato é que tudo é questão de ponto de vista, o que é Este agora, pode amanhã ser Aquele...
Pois quem determina a proximidade para ambos, sou Eu.
Mas, relaxe! Não pense você, que está entre um e outro, que qualquer escolha que venha fazer será definitiva. Jamais! Nada é tão definitivo quanto parece.
Assinaturas, contratos, casamentos, acordos firmados, testemunhos, fiadores, SCPC, para tudo há um jeito, para tudo há uma anulação, uma rescisão – tenha sempre um bom advogado por perto - e saiba, NADA é definitivo. O fato de ter optado por algo agora, não quer, necessariamente dizer que essa sua alternativa manter-se-á até o fim. Depende muito de muitas coisas. Depende muito em que mãos estão as chaves, depende muito em quais mãos se encontram os gabaritos...
Nem a morte, caro colega, é algo tão definitivo... Uma vez que nascemos, fomos todos condenados a eternidade. Mas pense muito bem, pois a escolha é sua!