*O texto é antigo, o assunto é antigo, mas...
Longe da tranqüilidade dos campos e da paz do interior
Em uma grande cidade qualquer
Não que fosse qualquer uma
Mas diante de tanto sofrimento, nem vale a pena mencionar
E os geógrafos assustados estão falando nos jornais
E os filhos desesperados nos braços dos seus pais
E o governo se mobiliza e faz um belo discurso pra passar na televisão
Depois eles esquecem são como chuvas de verão
Aí aparecem uns senhores com uns planos nuns papéis
Falando de infra-estrutura moderna
Mas se esquecem que ao invés
De ficar falando tanto, é preciso garantia
De que depois da madrugada, vai nascer outro dia
Cinco corpos soterrados, dez mil casas condenadas pela defesa civil
Vários desmoronamentos
A culpa é da chuva que sem avisar de repente caiu
Na área metropolitana a coisa é mais séria
As casas estão debaixo d'água e o povo na miséria
Eu vi canoas pra lá e pra cá
Eu vi gente enfrentando a lama pros seus móveis salvar
Eu vi carros... e vi crianças correndo perigo pensando se divertir
Eu vi um homem remando sobre uma porta pra salvar sua mulher
Eu..... só o que eu não vi, foi solução.... isso eu não vi!
A prefeitura decretou estado de calamidade pública
Mas as reformas não foram realizadas
E estamos com os impostos em dia
Falta competência? Não me compete falar!
Mas se não sabem decidir
Por que quiseram lá estar?
Vai ser votada uma medida, vão se passar alguns dias
Será que há saída? Não havendo solução, acho que é melhor esperar
Pois são chuvas de verão!!! E isso vai passar...
enfim ... as chuvas passarão e esta é a única solução visível ... é triste isto ... e elas voltarão um dia ... que Deus nos acuda ...
ResponderExcluirbjux
;-)
Ficou muito "Gabriel o Pensador" isso.
ResponderExcluirSinta-se elogiado, eu acho que ele escreve coisas muito inteligentes às vezes.
E preciso falar que você tem toda razão no texto?
Bjus!
Este texto fala da incopetência do ser humano em brigar pelos seus direitos. Isso não é só aqui no Brasil. É no mundo todo. Vide Katrina nos EUA.
ResponderExcluirA classe dominante exerce uma espécie de poder oculto sobre as massas minoritárias. Não há forças para brigar, a influência é tanta que uma andorinha não faz verão em meio aos tornados dos endinheirados.
Tua voz é novamente silenciada. Recolha-te a insignificância de tua presença.
MORRA ALÍ, QUIETINHO NO SEU CANTO.
Direto do Rio.
Abraço.