O que aconteceu? O mundo parou...
E um homem continua, mas parece ter perdido a graça
Cadê a pressa? Cadê os carros?
As pessoas com suas sacolas grandes disputando o melhor da calçada?
Cadê os ambulantes oferecendo relógios e bugigangas?
Gaiteiros, caminhão de laranja doce, doce, doce... Cadê...
Não se mexem os ponteiros... os relógios
Não se mexem as crianças que vivem atropelando tudo... os relógios
Não se encontram mães a uniformizar seus filhos com o azul-marinho escolar...
Semáforos, sorveteiros... metrôs...
Aviões, prédios, construções... Tudo, tudo parou...
Ele, que já não agüentava estar tão sobrecarregado,
Vestir o uniforme de super herói mal pago todos os dias
E ter que salvar a todos os pobres e aflitos
feito protagonista de Malhação, estranhou...
Aquela terrível ausência de sofrimento repentino o assombrou
Em plena a luz de sol forte, radiante num céu dum tom azul... azul...
Azul que não importa agora... A voz de tudo se calou...
Vento não há! Choro não há, pranto não há... e não há também sorriso
O que aconteceu? O mundo, este mundo... parou
Todas as ruas eram dele... podia avançar o sinal...
Podia andar na contra-mão
Tirar suas roupas e nadar nu na fonte da praça central
Tanta liberdade... o desanimou...
Todos os sonhos não tinham sentido...
Carros, mulheres, praias, mansões...
Queria fugir para um deserto... um deserto real
Afinal, tudo era deserto, embora não desertificado ainda
Tentou chorar, mas suas lágrimas também o negaram. Como tudo...
Correu... correu... e seguiu, meio desconfiado de que fosse uma armação
A linha de chegada estava a poucos metros de distância
E já e via...
Mas não havia concorrente, não havia rival,
não havia ninguém a entoar um grito com seu nome!
Torcer por ele... Nem contra... não há quem premiá-lo...
não há quem festejá-lo
Ninguém vai vê-lo vencer...
Então ele pára também...
coça a cabeça, olha o horizonte estático
O céu de sol... e as andorinhas? Paradas!
Ele volta confuso, triste... desiludido! Sempre quis vencer...
Sempre quis chegar... sempre quis parar o tempo
E agora que o tempo parou, que a vida parou, o mundo parou
As barreiras sumiram, a noite não veio amedrontar
O que amedronta é o desconhecido
Enquanto lamenta a alegria alheia:
Todos, todos em Acapulco!
Sentado à mesa do Café do Ponto mexe o mundo cheio de adoçante
Que gira lento na xícara de café...
E pede, chora e baixinho suplica: gira mundo, gira...
Se o mundo girasse saberia me orientar!
Haveria então de chegar a manhã seguinte!
E um homem continua, mas parece ter perdido a graça
Cadê a pressa? Cadê os carros?
As pessoas com suas sacolas grandes disputando o melhor da calçada?
Cadê os ambulantes oferecendo relógios e bugigangas?
Gaiteiros, caminhão de laranja doce, doce, doce... Cadê...
Não se mexem os ponteiros... os relógios
Não se mexem as crianças que vivem atropelando tudo... os relógios
Não se encontram mães a uniformizar seus filhos com o azul-marinho escolar...
Semáforos, sorveteiros... metrôs...
Aviões, prédios, construções... Tudo, tudo parou...
Ele, que já não agüentava estar tão sobrecarregado,
Vestir o uniforme de super herói mal pago todos os dias
E ter que salvar a todos os pobres e aflitos
feito protagonista de Malhação, estranhou...
Aquela terrível ausência de sofrimento repentino o assombrou
Em plena a luz de sol forte, radiante num céu dum tom azul... azul...
Azul que não importa agora... A voz de tudo se calou...
Vento não há! Choro não há, pranto não há... e não há também sorriso
O que aconteceu? O mundo, este mundo... parou
Todas as ruas eram dele... podia avançar o sinal...
Podia andar na contra-mão
Tirar suas roupas e nadar nu na fonte da praça central
Tanta liberdade... o desanimou...
Todos os sonhos não tinham sentido...
Carros, mulheres, praias, mansões...
Queria fugir para um deserto... um deserto real
Afinal, tudo era deserto, embora não desertificado ainda
Tentou chorar, mas suas lágrimas também o negaram. Como tudo...
Correu... correu... e seguiu, meio desconfiado de que fosse uma armação
A linha de chegada estava a poucos metros de distância
E já e via...
Mas não havia concorrente, não havia rival,
não havia ninguém a entoar um grito com seu nome!
Torcer por ele... Nem contra... não há quem premiá-lo...
não há quem festejá-lo
Ninguém vai vê-lo vencer...
Então ele pára também...
coça a cabeça, olha o horizonte estático
O céu de sol... e as andorinhas? Paradas!
Ele volta confuso, triste... desiludido! Sempre quis vencer...
Sempre quis chegar... sempre quis parar o tempo
E agora que o tempo parou, que a vida parou, o mundo parou
As barreiras sumiram, a noite não veio amedrontar
O que amedronta é o desconhecido
Enquanto lamenta a alegria alheia:
Todos, todos em Acapulco!
Sentado à mesa do Café do Ponto mexe o mundo cheio de adoçante
Que gira lento na xícara de café...
E pede, chora e baixinho suplica: gira mundo, gira...
Se o mundo girasse saberia me orientar!
Haveria então de chegar a manhã seguinte!
E veio com ele acordando atrasado para o trabalho,
mas sem desejo de conjugar o verbo parar!
Os comércios todos já haviam escancarado suas portas
Não havia sol, só chuva! Chuva forte, torrencial...
Na cozinha, puxou a folhinha amassando com enorme prazer aquele dia miserável,
Era 8 de setembro já... e depois de um descanso melancólico ao extremo...
mas sem desejo de conjugar o verbo parar!
Os comércios todos já haviam escancarado suas portas
Não havia sol, só chuva! Chuva forte, torrencial...
Na cozinha, puxou a folhinha amassando com enorme prazer aquele dia miserável,
Era 8 de setembro já... e depois de um descanso melancólico ao extremo...
Alguém esbarrou no Start e tudo voltava ao normal...
My God ... exuberante isto tudo ... START mas continue a GIRAR ...
ResponderExcluirbjux
;-)
lindo...
ResponderExcluira foto é na paulista?
Eu tenho uma foto exatamente neste ponto da Paulista...muito legal....
ResponderExcluirTudo volta ao normal...sempre...mas confesso que esses "momentos fora do normal" são o que tornam a nossa vida mais saborosa!
boa semana...
O meu mundo não parou nesse feriado, estou precisando d ferias, mas só ano quem, infelizmente...
ResponderExcluirOtimo texto, parabens!!!
Obrigada por sempre visitar o Palavras!
bjos
otima semana