Compasso

Você é a resposta da pergunta que não tenho
O verso que passou pela cabeça e não chegou ao papel
A música que jamais beijou a letra
A voz que se perdeu sem que encontrasse ouvido fiel

Você, é a voz que ma acalma

Mas não é os braços que me acalentam
Não é o ombro que me aguarda
Nem os seios que me amamentam

Você é a senhora em torno da cama
A cobrir-me como ser inocente e desportegido
Eu sou para ti qualquer espécie de necessitado
Que precisa de um olhar atento e amigo

Você! Senhora-menina dos meus dias
É a respostas da pergunta que nunca faço
Se desdobra diante das flechas arcanjas
E eu rodopio em volta do que me centra


Neste eterno compasso...